O percurso na Serra de Santa Justa iniciou-se no Centro de Interpretação Ambiental onde os participantes assistiram a uma apresentação sobre as maravilhas da Serra Santa Justa especificamente a flora e a fauna. De seguida, o grupo de 30 pessoas foi até ao lugar da Azenha onde fizeram o antigo caminho até a aldeia de Couce. O percurso proporcionou muitas descobertas.Há mais de 500 milhões de anos, a região encontrava-se submersa por mares pouco profundos, tendo vivido lá organismos primitivos como as trilobites. O registo da sua presença ficou bem visível nas rochas que hoje aqui existem e daí esta área ser também um importante sítio geológico. A vertente cultural também é significativa já que teve (e tem) influência na paisagem, nomeadamente com os romanos que dali extraíam ouro entre o século I A.C. e III D.C. e com a moagem de farinha (moinhos) e fabrico de pão (corte do lenho para os fornos e que dramaticamente alterou o relevo, antes até da “chegada” do eucalipto).Apesar de o grupo não ter encontrado uma salamandra-lusitânica ou uma lontra, teve a sorte de ver uma rã-verde, um escorpião-de-água, uma garça-real, uma larva de tritão e outros tantos animais. Urzes, tojos, fetos “pinheirinhos”, foram exemplos da flora analisada durante o percurso.
Na aldeia de Couce, enquanto o grupo descansou à sombra de carvalhos, teve oportunidade de conversar sobre a problemática dos fogos florestais, a limpeza das matas e a substituição da floresta autóctone. Neste habitat de um invertebrado protegido conhecido de quase todos – a cabra-loura – falou-se sobre o seu ciclo de vida e sobre a importância da madeira morta para a sua alimentação.
A actividade foi organizada pela Câmara Municipal de Valongo com o apoio da CIBIO.
Fotografias da actividade:
Embaixadores da Biodiversidade_Valongo |